O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), subiu o tom nos últimos dias para cobrar do governo uma solução rápida para a criação de um benefício em substituição ao auxílio emergencial, que deixou de ser pago em dezembro de 2020. Ele afirmou que o Legislativo tem feito a sua parte, mas que a iniciativa de formatar e enviar o projeto tem de ser do Executivo. Segundo ele, a situação de parte da população está ficando “crítica”.
“Todas as últimas reuniões foram para tratar da tramitação das matérias que subsidiarão o crescimento do país e facilitar a entrega do auxílio. É importante mantermos o ritmo: instalamos a Comissão Mista de Orçamento, mandamos a reforma administrativa para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), aprovamos a autonomia do Banco Central. Agora, o governo tem que encontrar rapidamente uma alternativa, uma solução imediata para o auxílio”, disse Lira nesta quarta-feira, 11.
“Todas as últimas reuniões foram para tratar da tramitação das matérias que subsidiarão o crescimento do país e facilitar a entrega do auxílio. Agora, o governo tem que encontrar rapidamente uma alternativa, uma solução imediata para o auxílio”
Na noite de quarta-feira, 10, ao ser questionado sobre de onde viriam os recursos para o pagamento do benefício, ele voltou a cobrar de forma incisiva o governo. “Quem tem que achar espaço fiscal é o Ministério da Economia, não eu”, afirmou.
Lira foi eleito presidente com o apoio do presidente Jair Bolsonaro, mas tem sido bastante pressionado pelos parlamentares a aprovar uma alternativa ao auxílio emergencial. Ao menos vinte proposições para o restabelecimento do benefício foram apresentadas na Câmara nos últimos dias por representantes de todos os espectros políticos, da oposição ao Centrão, do qual Lira é o principal representante.