Considerado foragido pela Justiça brasileira, o caminhoneiro Marcos Antônio Pereira Gomes, o Zé Trovão, está no México. Uma das lideranças da paralisação da categoria que pressiona pela saída de ministros do Supremo Tribunal Federal, ele afirma aguardar um posicionamento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para que decidir pela suspensão dos atos.
De um hotel na Cidade do México, o caminhoneiro reafirmou ser vítima de uma injustiça — ele é investigado em um inquérito que apura a organização de atos contra o STF, relatado por Alexandre de Moraes, que decretou sua prisão. “Eu não recebi nenhum mandado, nem meus advogados tiveram acesso ao processo. Ninguém nem pediu para eu comparecer na Polícia Federal. Então, não estou foragido”, afirmou a VEJA.
O que é preciso para suspenderem a paralisação? Estou aguardando o presidente fazer um pronunciamento. Informações que nos foram passadas é que ele emitiu um áudio para os caminhoneiros voltarem a trabalhar porque senão ia quebrar o Brasil. Então faz um vídeo com dia e hora e diz que é para parar. Vamos passar para as bases e ver se todo mundo concorda.
O Bolsonaro te decepcionou? Eu não tenho decepção com o ser humano, com pessoas. Eu só quero que meu país funcione bem. Se como chefe de Estado ele acha que é prejudicial os caminhoneiros continuar parados, a gente vai abrir um diálogo e voltar a trabalhar. Mas tem que abrir um dialogo. Não é simplesmente mandar um áudio que ninguém sabe se é dele.