O Ministério da Saúde concordou nesta terça-feira, 30, com um pedido do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) para antecipar a vacinação de policiais e bombeiros que estão diretamente envolvidos no enfrentamento da pandemia de Covid-19. Uma reunião durante a tarde selou o novo entendimento da pasta, que deverá emitir uma nota técnica sobre o assunto na quarta, 31.
Dessa forma, profissionais das forças de segurança e de salvamento que realizam o transporte de pacientes com Covid-19, fazem o apoio às ações de vacinação e que atuam na vigilância e monitoramento de distanciamento social receberão doses dos imunizantes contra o vírus. Também serão beneficiados aqueles que prestam serviços de atendimento de urgência a traumas e acidentes.
As doses para esses profissionais serão distribuídas desde que não haja prejuízo para a vacinação de grupos de maior risco, como idosos e pessoas com comorbidades. Os estados destinarão um percentual para policiais e bombeiros a partir da quinta-feira, 1º, quando está programada o envio de novos lotes de imunizantes pelo Ministério da Saúde. Este percentual ainda será definido pela pasta.
A ação ocorre num momento em que o Ministério da Saúde se encontra sob pressão de representantes das forças de segurança. Estados começaram a vacinar profissionais dessa área sem que houvesse uma coordenação nacional. Provocado pela Advocacia-Geral da União (AGU) a se manifestar, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou na terça-feira, 29, por meio do ministro Ricardo Lewandowski, que caberia ao Ministério da Saúde organizar a entrada prioritária dos agentes no plano de vacinação.