A Controladoria-Geral da União (CGU) solicitou acesso às investigações internas conduzidas pela Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) sobre alegações de espionagem ilegal. A suspeita é de que servidores federais tenham sido utilizados para favorecer o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Contexto da Investigação
A investigação interna da ABIN está em fase final e, segundo informações, há indícios contundentes de infração disciplinar por parte de alguns servidores. A CGU quer examinar esses dados para garantir a transparência e a integridade do processo.
Envolvimento da Polícia Federal
A Polícia Federal (PF) também está envolvida no caso, investigando a chamada “ABIN paralela”. Essa operação teria sido utilizada para monitorar adversários políticos e jornalistas durante o governo Bolsonaro. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou o compartilhamento das informações da PF com a CGU.
Afastamento de Servidores
Como parte das medidas adotadas, a CGU afastou a corregedoria da ABIN da condução dos procedimentos internos. Pelo menos quatro agentes da PF que atuavam na ABIN foram demitidos. Entre eles, estão Felipe Arlotta e Marcelo Bormevet, que eram próximos de Alexandre Ramagem, ex-chefe da agência.
Papel da CGU
A CGU assumiu a responsabilidade pela eventual responsabilização administrativa dos funcionários envolvidos. Funcionários da CGU estão trabalhando diretamente na sede da ABIN, em Brasília, para auxiliar nas investigações.
Repercussão Política
A situação gerou grande repercussão política, com diversas entidades e figuras públicas se manifestando sobre o caso. A transparência e a legalidade das ações da ABIN durante o governo Bolsonaro estão sendo amplamente debatidas.
Próximos Passos
A CGU continuará a análise dos documentos e das evidências fornecidas pela ABIN e pela PF. O objetivo é concluir a investigação de forma imparcial e justa, garantindo que todas as irregularidades sejam devidamente apuradas.