O plenário do Senado retomou suas atividades nesta terça-feira (6) com a quinta e última sessão de discussão da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa o parcelamento das dívidas dos municípios com a Previdência Social. A proposta, que já foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) em abril, é relatada pelo senador Carlos Portinho (PL-RJ).
Contexto da PEC
A PEC tem como objetivo principal reabrir o prazo para que os municípios possam parcelar suas dívidas previdenciárias. O relator, senador Carlos Portinho, estendeu o prazo de adesão até 31 de julho de 2025. A medida é vista como uma forma de aliviar as finanças municipais, permitindo um planejamento financeiro mais eficiente.
Detalhes da Proposta
A proposta não apenas reabre o prazo para o parcelamento das dívidas, mas também estabelece limites para o pagamento de precatórios, que são valores devidos pelo poder público decorrentes de decisões judiciais. Essa flexibilização é crucial para que os municípios possam equilibrar suas contas sem comprometer serviços essenciais à população.
Impacto nos Municípios
Os municípios brasileiros enfrentam dificuldades financeiras significativas, agravadas pela pandemia de COVID-19. A PEC é uma tentativa de proporcionar um alívio fiscal, permitindo que as prefeituras possam reorganizar suas finanças e continuar a prestar serviços públicos de qualidade.
Debate no Plenário
Durante as sessões de discussão, diversos senadores expressaram suas opiniões sobre a PEC. A maioria concorda com a necessidade de aliviar as dívidas municipais, mas há divergências sobre os detalhes da proposta. Alguns parlamentares sugerem ajustes para garantir que a medida seja justa e eficaz.
Próximos Passos
Após a conclusão das discussões, a PEC será votada em dois turnos no plenário do Senado. Para ser aprovada, a proposta precisa de pelo menos 49 votos favoráveis em cada turno. Se aprovada, seguirá para a Câmara dos Deputados, onde também passará por discussões e votações.
Repercussão
A aprovação da PEC é aguardada com expectativa por prefeitos e gestores municipais, que veem na medida uma oportunidade de reequilibrar as finanças locais. Organizações representativas dos municípios, como a Confederação Nacional de Municípios (CNM), têm manifestado apoio à proposta.