Na última sexta-feira (2), 130 servidores da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) que ocupavam cargos de chefia ou confiança entregaram seus cargos. A partir desta terça-feira (6), os servidores federais da carreira de Finanças e Controle iniciaram uma greve por tempo indeterminado, com mais de 3 mil funcionários públicos paralisando suas atividades.
Motivos da Paralisação
A greve foi motivada pela falta de avanço nas negociações para a reestruturação da carreira e o reajuste salarial com o Ministério da Gestão. Os servidores reivindicam melhores condições de trabalho e uma revisão salarial que esteja de acordo com a inflação e o aumento do custo de vida.
Impactos na Gestão da Dívida Pública
O Tesouro Nacional afirmou que a paralisação não afetará as atividades relacionadas à gestão da Dívida Pública Federal, consideradas processos críticos. Isso inclui os leilões de títulos e os pagamentos da dívida, que continuarão a ser executados normalmente. No entanto, outras atividades podem sofrer atrasos.
Atividades Críticas Mantidas
As atividades críticas, como os leilões de títulos e os pagamentos da dívida, são definidas pelo Tesouro como essenciais e, portanto, não serão interrompidas. O órgão garantiu que essas operações continuarão a ser realizadas sem prejuízos, apesar da greve.
Possíveis Atrasos em Outras Áreas
Embora as atividades críticas sejam mantidas, o Tesouro Nacional reconheceu que haverá uma lentidão nas demais atividades, resultando em um alongamento do cronograma de entrega de projetos e processos não críticos. Isso pode afetar transferências voluntárias, convênios e contratos de repasse.
Discussão sobre Serviços Essenciais
Há uma discussão em curso sobre a definição de serviços essenciais ao Tesouro. Alguns relatos indicam que, devido ao bom saldo na conta única da União, atualmente com caixa de R$ 1,7 trilhão, alguns leilões poderiam ser postergados sem prejuízo na rolagem da dívida.
Repercussão da Greve
A greve dos servidores do Tesouro Nacional e da Controladoria-Geral da União (CGU) tem gerado preocupações sobre a execução de emendas parlamentares e outras operações do governo. No entanto, despesas obrigatórias, como folha de pagamento e transferências a outros Poderes, não serão afetadas.