Nos últimos anos, a forma como trabalhamos tem passado por mudanças rápidas, como comenta o entendedor Francisco Gonçalves Peres. Nesse cenário, um dos modelos que mais ganhou força é a chamada “economia gig” (“gig economy”, em inglês), onde as pessoas prestam serviços por demanda, sem vínculo fixo com empresas. Desse modo, essa nova lógica vem atraindo tanto profissionais quanto empresas que buscam mais flexibilidade.
No entanto, o crescimento desse trabalho autônomo levanta debates sobre direitos trabalhistas, segurança financeira e qualidade de vida. Então, será que esse tipo de trabalho é mesmo o futuro? Neste artigo, vamos explorar os pontos principais dessa tendência que vem crescendo no mercado de trabalho.
Por que o trabalho autônomo está crescendo tanto?
A popularização da internet e dos smartphones permitiu que mais pessoas se conectassem a plataformas de serviços. Hoje, motoristas de aplicativo, designers, redatores, programadores e até professores particulares encontram trabalhos com poucos cliques. Essa liberdade de escolha, horários flexíveis e a chance de ganhar mais são grandes atrativos para quem não quer seguir o modelo tradicional de emprego.
Além disso, muitas empresas passaram a preferir a contratação por projeto. O que reduz custos com folha de pagamento e obrigações trabalhistas. Com isso, cresceu o número de profissionais que atuam como freelancers ou prestadores de serviço. Aliás, essa tendência ficou ainda mais forte após a pandemia, quando o home office e o trabalho remoto se tornaram comuns em diversas áreas, conforme pontua Francisco Gonçalves Perez.
Quais os riscos para a segurança financeira desses profissionais?
Contudo, apesar da liberdade, o trabalho por projeto traz incertezas. Pois, quem atua como autônomo nem sempre tem renda fixa, benefícios como plano de saúde ou aposentadoria garantida. De acordo com o conhecedor Francisco Gonçalves Peres, isso faz com que muitos vivam com instabilidade financeira, sem saber quanto vão receber no fim do mês. Sem contar que a ausência de direitos trabalhistas pode gerar preocupação, principalmente em momentos de crise ou imprevistos.

Dessa maneira, para se proteger desses riscos, muitos trabalhadores buscam alternativas como fazer uma reserva de emergência, contratar planos individuais de saúde e contribuir como autônomos para o INSS. Todavia, segundo Francisco Gonçalves Perez, isso exige planejamento e disciplina, o que nem sempre é fácil quando a renda varia mês a mês. Por isso, entender bem os desafios financeiros desse modelo é fundamental antes de embarcar de vez na economia gig.
Os principais benefícios de trabalhar por projeto
Por fim, a seguir, listamos alguns dos principais pontos positivos que levam tantas pessoas a optarem pelo trabalho por demanda:
- Flexibilidade de horários: é possível organizar o dia de acordo com a própria rotina e preferências.
- Autonomia profissional: o trabalhador tem mais controle sobre os projetos que aceita e com quem deseja trabalhar.
- Possibilidade de maior renda: em alguns casos, os ganhos podem superar os de um emprego fixo, dependendo da demanda e da área de atuação.
- Diversidade de experiências: trabalhar com diferentes clientes e projetos amplia o conhecimento e fortalece o portfólio.
- Redução de deslocamentos: muitos serviços podem ser feitos de casa, economizando tempo e dinheiro com transporte.
Esses pontos mostram que, com o planejamento certo, o modelo pode oferecer muitas vantagens. Porém, é importante manter os pés no chão e avaliar se esse estilo de vida combina com seus objetivos profissionais e pessoais.
Trabalhar por projeto pode ser um bom caminho, mas exige preparo
Em conclusão, a economia gig oferece uma nova forma de trabalhar, mais flexível e adaptada aos tempos atuais. Entretanto, ela traz desafios que não podem ser ignorados, principalmente em relação à segurança financeira. Logo, para quem busca autonomia e variedade de experiências, trabalhar por projeto pode ser uma excelente escolha, desde que haja planejamento e cuidado com a gestão da própria carreira.
Autor: James Smith