O esporte e o turismo sempre caminharam lado a lado, ambos despertam emoção, desafio e superação, expõe Marcio Pires de Moraes. Nos últimos anos, essa união se transformou em uma das maiores tendências globais: o turismo esportivo. Esse movimento representa um novo modelo de negócio e estilo de vida, que alia bem-estar, rentabilidade e experiência.
Se você busca explorar um novo negócio e compreender como funciona as viagens que implementam esportes e bem estar, este artigo é para você!
O crescimento do turismo esportivo
A prática esportiva deixou de ser apenas uma atividade pessoal. Hoje, ela movimenta economias inteiras, gerando eventos, empregos e novas formas de empreender. Maratonas, trilhas, provas de ciclismo, campeonatos amadores e eventos de esportes radicais atraem milhares de participantes e turistas anualmente.
Segundo Marcio Pires de Moraes, o diferencial do turismo esportivo está na autenticidade da experiência, e viajar para competir, participar ou simplesmente assistir a um evento esportivo cria um vínculo emocional profundo entre o visitante e o destino. O resultado é uma forma de turismo mais participativa, sustentável e conectada à cultura local.
Quando o esporte vira economia?
O turismo esportivo movimenta bilhões de reais por ano no Brasil e envolve uma ampla cadeia produtiva: hotéis, restaurantes, transportes, equipamentos e comércio local. Cada corrida de rua, campeonato de surfe ou festival de trilhas representa um impacto econômico direto para a região-sede, explica Marcio Pires de Moraes.
Eventos como o Ironman, o Rally dos Sertões e as maratonas de montanha atrai competidores de diversos países e transformam cidades pequenas em polos de atividade econômica, esses eventos têm efeito multiplicador, pois estimulam investimentos em infraestrutura e deixam legados permanentes para o turismo regional, podendo abrir possibilidades para transformar em cultura local e explorar o esporte em comunhão com a natureza e o ambiente.
Viagem e propósito: o novo perfil do viajante esportivo
O viajante esportivo busca mais do que lazer, ele procura propósito. É um público que valoriza autoconhecimento, superação e equilíbrio, e essa mudança de mentalidade reflete um estilo de vida ativo e consciente, que combina prazer, disciplina e sustentabilidade.
Esse perfil também é planejado financeiramente: quem viaja para praticar esportes geralmente faz um planejamento de longo prazo, considerando custos de inscrição, equipamentos e deslocamento. Como destaca Marcio Pires de Moraes, isso cria um comportamento de consumo mais responsável e estratégico, no qual a experiência é vista como investimento em bem-estar.
Destinos que se reinventam com o esporte
Diversos destinos brasileiros estão se consolidando como referências no turismo esportivo, a Serra Gaúcha, por exemplo, é palco de corridas de montanha e eventos de ciclismo. O Nordeste recebe campeonatos de surfe e kitesurfe, enquanto o Centro-Oeste se destaca pelas competições off-road, informa Marcio Pires de Moraes.

Esses locais conseguem unir natureza, cultura e esporte, criando produtos turísticos exclusivos. O segredo do sucesso está na integração entre esporte e identidade regional, pois quando o evento valoriza as tradições locais e promove a comunidade, ele deixa de ser apenas uma competição, torna-se um movimento de desenvolvimento social e econômico.
Como transformar o esporte em negócio?
Empreendedores e investidores atentos têm visto no turismo esportivo uma oportunidade promissora, e o mercado oferece espaço para startups de experiências, operadoras de viagens especializadas, locadoras de equipamentos e marcas de performance. Há também um público crescente interessado em retiros esportivos e programas de bem-estar integrados, que unem alimentação saudável, hospedagem sustentável e treinos personalizados.
Tal como elucida Marcio Pires de Moraes, o segredo para transformar o esporte em negócio está em compreender a jornada completa do viajante, do planejamento à vivência. É preciso oferecer soluções que conectem emoção, conveniência e propósito. Algumas das dicas possíveis é implementar um café da manhã que atenda a todos os tipos de público e principalmente aos esportistas, dar ao público a oportunidade de ter experiências guiadas pelo local que será a competição ou experiência antes, informando a cultura e história da região.
Outra dica interessante é dar ao público e aos clientes experiências dentro do hotel, como alongamentos com profissionais técnicos, palestras com os esportistas que irão competir, e entrevistas com os esportistas mais experientes de todas as gerações dando a oportunidade para todos se comunicarem e trocarem experiências e técnicas.
Tecnologia e conexão emocional
A tecnologia vem impulsionando o turismo esportivo de forma significativa. Aplicativos de geolocalização, plataformas de inscrição online e redes sociais permitem que atletas compartilhem suas experiências em tempo real, ampliando a visibilidade dos destinos.
Esse engajamento digital cria comunidades globais e fortalece marcas regionais. Como menciona Marcio Pires de Moraes, o diferencial da nova economia do esporte está na capacidade de gerar pertencimento. Cada postagem, medalha ou trilha registrada se transforma em publicidade espontânea e inspiração para novos viajantes. Há também a oportunidade de fazer lives e vídeos que demonstrem estes eventos e que possam chegar a diversos públicos e até investidores que podem fazer parte.
O turismo esportivo é mais do que uma tendência, é um movimento que une saúde, economia e propósito. Ele representa uma forma inteligente de enxergar o esporte como investimento: em si mesmo, nas comunidades locais e nas oportunidades de negócio. Cada viagem esportiva é uma lição de planejamento, superação e conexão. E é essa união entre emoção e estratégia que torna o setor uma das forças mais promissoras do futuro do turismo no Brasil.
Autor: James Smith